quarta-feira, 31 de março de 2010

Não há pressa

O concerto dos Tokio Hotel é só a 7 (SETE)Abril, mas já há pitas a acampar fora do pavilhão Atlântico.

Era conseguir sintetizar esta loucura focada em comprimidos e dando G3s à nossa malta idosa conquistávamos a Espanha toda.

Posters giros, pah!

Epa não faço ideia qual é o Festival que eles apresentam mas, francamente, estou me a cagar. O que interessa é que os posters estão bem esgalhados. E já agora lanço-vos um desafio: quais são os 6 filmes representados? Sabem, sabem? Vááá o mais rápido a adivinhar ganha uma pastilha super gorila. De morango.

terça-feira, 30 de março de 2010

A MELHOR CENA DE ACÇÃO DE TODOS OS TEMPOS

O Chuck norris é uma menina ao pé deste gajo.



5 fuck yeahs em 4 fuck yeahs possíveis.

back to the 80's?

Cá está o primeiro cheirinho do novo álbum. com voz irritante dou já o mote: i like it! Veremos o que vem aí. É já em Maio, minha gente.



Para outros assuntos cá do burgo acerca de lcd ver isto.

Chuck Norris Vs Bear



















Chuck Norris. Hell yeah.

Nota: 4,5 Rangers do Texas em 5 Rangers do Texas possíveis.

Porque é que a Meryl Streep é a melhor actriz de sempre?

Por isto!

Beck e amiguinhos!

Beck mais o guitarrista d'Os Mutantes, mais pessoal que trabalha com St. Vincent e ainda músicos dos Liars (yah, esses mesmos. marados). Tudo juntinho para regravar Kick, dos INXS, de 1987. É certo que sempre ignorei os INXS mas esta combinação chama a atenção nem que seja pelo factor, que raio há-de sair daqui?

Podem ver e ouvir um videozinho já com uma amostra: a cover de Guns in the Sky. Para ouvir basta carregarem neste parágrafo que estão a ler.

Ah, já agora. Isto não é um álbum que vai acontecer ou uma merda do género. Já está feito. Regravaram o álbum todo num só dia, no passado dia 3. oh yeah.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Yeah vs Yeah

LCD Soundsystem é tão ridiculamente bom que um gajo fica a pensar epah se eu fosse gay este James Murphy era o the one. Ou então não. Fuck. A minha escolha de gay-man-lovabilly teria de ser, ainda, o Jeff Buckley, esse homem-preta de sublimes agudos. Fuck, stop with the gay shit. Ok, eu paro. Os LCD Soundystem vêm cá este ano (está melhor assim, seus homofóbicos de merda?) e há álbum novo este ano (o melhor do ano, à condição – sai a 18 de Maio), mas antes importa dissertar sobre uma coisa que tem intrigado académicos além-fronteiras, inclusive cá e tudo.

Qual das versões Yeah é a mais fixe: a Pretentious ou a Crass?

A Pretentious é, como diz o nome, pretensiosa. Aquele pretensioso tipo outro James, o Joyce, que gosta de mostrar que é bom só porque sabe que é. E a música é pura elegância, com um poder qualquer escondido para nos fazer mexer os braços como aquelas tribos mocadas que o National Geographic (ou o Discovery, para quem goste do sotaque brasileiro) lá descobre.

Estou a ouvir e a escrever isto e até a minha coluna está a ganhar vida, a meio de um dia de trabalho. Ignoram-se praticamente as vozes e depois há sons à la tambores, utilizados como gente séria, para mostrar a coisa sempre em crescendo e é tudo tão estupidamente bem conseguido que chegamos a pensar, shame on you for being that good. (devia ter posto that em maiúsculas, para enfatizar).



A Crass começa toda catchy, com yeahs que começamos logo a cantarolar (e a mexer o pescoço a acompanhar). Ouvem-se alguns sonzinhos meio estranhos, tipo pirolitos electrónico,s e o Murphy ainda canta. Depois a coisa vai estabilizando até para aí aos 3 minutos e aí começa a mudar, everybody keeps on talking about it, no one’s getting it done… e de repente a caminho dos 5 minutos a coisa rebenta, já não é música, é uma manada de rinocerontes a tripar em fúria absoluta, e um gajo vibra como uma pita louca, mas sem ser pêga e com bom gosto. E esta merda bate e bate e um gajo pira porque é crime uma música assim não ter uma seita só para ela, com sacerdotes e rituais e luzes, the all package, só para o pessoal curtir. Como diria uma amigo meu de Porto Alegre: isso é foda, cara. É mesmo.



Ouçam e comparem enquanto eu falo com o Júri.

[2 minutos depois]

Decisão do júri, por unanimidade:

Pretentious: 16,3 yeahs, em dezasseis yeahs e meio possíveis.
Crass: 16,5 yeahs em dezasseis yeahs e meio possíveis.

Crítica: KICKASS



Meus filhos, o que temos aqui é a BD que vai dar o mote ao melhor filme de super-heróis de 2010 comprada e lida há umas semanas porque quis esperar pelo paperback porque queria absorver de uma assentada toda a hiperviolência sem vergonha que o Millar me podia mandar à cara com a ajuda de um dos melhores ilustradores na Marvel para esse tipo de tarefas: John Romita Jr.

Confesso que esperava algo diferente, na verdade. Esperava, sei lá, um puto qualquer a dar porrada com bastões em malta só porque sim, um puto a partir dentes e a morder tomates saindo, no final, vitorioso ou coisa que o valha; esperava team-ups com gags suficientes para me rir com cada cabeça decepada ou membro partido.

Mas, sinceramente, não estava preparado para o que era kickass: esta merda é só mesmo uma coisa: violenta. Sem piadinhas nem finais felizes, é só mesmo violenta pa caralho! Ok, temos um puto que está tão aborrecido que provavelmente adormece a meio de uma punheta; o puto lê bds e passa-se dos carretos porque, tipo, quer ser um super-herói, do nada, acha só uma boa ideia. E então torna-se num. Este é o plot. Pelo meio temos pancada à mistura, tomates fritos, miúdas de dez anos a snifar coca, cabeças rebentadas em planos de imagem privilegiados, bastonadas nas trombas, e muito, muito sangue. As imagens são um deleite, as cores mais gritty do que o que estava à espera, que contribuem para o carácter mais soturno que o esperado da história, e a história, bem, a história é a do Mark Millar, o gajo que nos deu o maior festival de porrada, provavelmente, da última década com os seus Ultimates 2 (o capitão América a enfiar uma espada no peito de um gajo; o hulk a arrancar os braços a outro; uma quadruple-spread de uma cena de batalha que demorou 3 semanas a ser feita), e a civil war, com o seu excelente sentido de pacing. Não dá para falhar.

Meus senhores: kickass não pretende ser mais nada do que o título sugere. É só um festival de porrada, sem vergonha, shameless mesmo, com uma ideia bem sólida de contar AQUELA história e de quebrar as barreiras do bom senso e da decência. A verdade é esta: a malta que lê bds ás vezes gosta de ver e ler uma boa porrada. Porque é que o homem aranha salta de telhado em telhado durante 4 ou 5 páginas, fala com a tia may umas outras duas, sai pa jantar com gajas outras três, e depois só troca um par de murros com o electro? às vezes um gajo quer MAIS. Quer porrada. Desenhada e apresentada como tal. E Kickass está aqui para nos fazer a vontade de ver violência, crua, dura, e fixe. Fixe. E chega. Como tal, leva

quatro pares de tomates em cinco pares de tomates possíveis.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Nanou 2



Aphex Twin tem uma obra vasta e esta não será certamente uma peça que encapsule os seus geniais delírios pela electrónica. Muito menos os do álbum a que pertence, o incompreendido Drukqs. Sinceramente, é uma péssima música para introduzir Aphex Twin a quem quer que seja, uma vez que ele é muito mais do que uma simples canção bonita.

Mas gosto desta música. Sempre que a ouço sei para onde tenho de ir, ou o que fazer. São uns dois minutos e meio de calma, de acreditar que a música ainda me pode acalmar o coração e questionar o medo. Sem rodeios: é bonita. E curto dela. That should be enough to earn a spot.

Nanou 2, por Aphex Twin. Enjoy.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Crítica: Los Sueños de Un Higado




No Lisssen'Up! eu e o Xiribi somos grandes fãs de The Mars Volta; o Papo-Seco é mais Muse (mais sobre a problemática à volta de Muse serem ou não uma grande merda - que são - e porque é que pessoas com bom gosto musical gostam disso, num futuro próximo). Porém, de Omar Rodriguez-Lopez, o mentor e guitarrista da referida banda, já nem tanto: essa honra pertence a mim, ainda que o Xiribi goste do Xenophanes - ao qual fará crítica também brevemente.

O facto de esta crítica se centrar nos Los Sueños de Un Higado, sexto ou sétimo álbum dos 9 ou dez que lançou em 2009 não tem qualquer razão especial; é apenas um entre os muitos que este prolífico do catano lançou, e é bom, muito bom, tão bom que não parece possível. Desde álbuns de noise puro a trabalhos que parecem uma salganhada de rock progressivo com salsa e sei lá eu mais o quê, a segunda metade de 2009 viu Omar entrar na sua melhor forma: a sua futura mulher (Ximena) entra nos vocals, a banda de Mars volta é, em parte, emprestada para estes últimos trabalhos, e subitamente, com a voz, as composições de Omar ganham uma nova dimensão e profundidade; expandem-se. Acalmam-se, também, mesmo no rock mais forte de Xenophanes, - porque se sente coesão. A guitarra é um gozo ouvir. As melodias (fáceis) que, afinal de contas, também é capaz de produzir, espantam e confortam.

Não se pense contudo que este é um álbum fácil. Com apenas cinco músicas (uma das quais uma versão B de uma outra que fez a sua primeira aparição noutro seu álbum a solo, Old Money), o prog-rock-jazz-space-funk - precisam mesmo de inventar um nome mais curto para esta merda - instala-se e um gajo tem que perceber que tem ajustar o seu paradigma musical para aprender a compreender estas novas paisagens sonoras. É mais fácil do que parece, na verdade. As músicas levam-nos, o álbum acaba, foi fixe. A Ximena tem uma voz diferente, muito porreira. E o álbum está aqui para sacar. Quem é amigo?

NOTA: 7,3 afros mexicanas em 8.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Novo álbum dos MGMT à borla!

Pois é, parece que a banda-sensação MGMT decidiu disponibilizar o álbum para os fãs da internet. São uns porreiraços. Eu não sei o que é que o ganso e o xiribi acham da banda mas eu tenho-lhes um certo respeito.

Então e... querem o link para as músicas? Então vamos fazer o jogo: têm que recomendar o blogue a 2 amigos. Quando eles visitarem o blogue têm que escrever " Ena pah! O lissen'up é um blog do camandro!" Deixem o email e eu mando-vos o link.

O que acham? Estúpido? Prontoooo ok, aqui vai http://www.whoismgmt.com/

Já agora, e só mesmo para dar alguma cor aqui ao estábulo, fiquem com o novo vídeo de antecipação do álbum :

My Propeller, dos Arctic Monkeys

É o terceiro single de um dos melhores álbuns rock lançados em 2009.

É o crescimento de uns putos que rebentaram no Myspace e que agora tiveram como tutor mr. Josh "fuckyeah" Homme, dos Q.O.T.S.A.
[apesar do regresso dos Creed, o rock continua vivo)

My Propeller, dos Arctic Monkeys.

sábado, 20 de março de 2010

sexta-feira, 19 de março de 2010

Crítica: Against the Day




Não foi de propósito começar as críticas a livros aqui no Lissen'Up! com este colosso - no literal sentido da palavra, com mais de mil páginas em letra miudinha - de obra. Against The Day é a minha primeira incursão no mundo de Pynchon. E, depois de ter ouvido falar da sua história pela primeira vez, demasiado juicy para ser verdade - o escritor desconhecido cujas últimas fotos conhecidas datam há mais de 50 anos, em que Pynchon aparece com um uniforme de marinheiro, que recusou todos os grandes prémios literários que recebeu (à excepção de um) recusando-se também a comparecer nas respectivas cerimónias, e com fama de ser um dos maiores escritores do século XX - a curiosidade tomou conta do Capitão Ganso. Tinha, assim, de arranjar o novo livro de Pynchon, inédito, vinte anos depois de silêncio, com rumores a correr que se tornaria rapidamente uma obra-prima da literatura norte-americana.

E que porra de livro este Against The Day é. De forma muito singela, conta a história de uma família - e de um grupo de rapazes marinheiros do céu - e suas ramificações com outras personagens secundárias desde os tempos da Feira Mundial de Chicago no fim do século XIX até ao início da Primeira Guerra Mundial. Temos cientistas obcecados por Tesla, cameos de Bela Lugosi e Groucho Marx, um detective que emigra para londres, um spinoff do Billie The Kid mas com dinamite, vectoristas, a reaparição de uma famosa matemática russa que consegue atravessar paredes, explosões de Luz, o incidente de Tunguska, bombas de luz, navios voadores e incursões ao México. E afogamentos em maionese.

A puta do livro é genial. O plot central, como já foi dito, conta a história de uma família - os Traverse. Não quero contar nada para não mandar para o ar os temidos spoilers. Mas é claro que milhares de outras coisas acontecem no livro, que não se preocupa muito em seguir um fio de narrativa. É escrita descontraída de quem não tem nada a provar e que confortavelmente nos rebenta com os neurónios com página atrás de página atrás de página. E um gajo parte-se a rir também. O homem tem piada. Li-o devagar, durante uns 8 ou 9 meses, sem pressas, e desde o primeiro capítulo percebi que estava perante algo de verdadeiramente novo que nunca tinha lido. É um livro vasto, em todos os sentidos da palavra, com descrições e diálogos inventivos e magistrais. É bom pa caralho, e não é somente "bom", é uma obra superior e isso basta. É algo ímpar e algo ímpar não tem comparação possível.

Dei-o ao Xiribi para ler mas ainda não teve tomates. Não sei se é do tamanho se é do inglês denso - o forte dele é mais o urdu - mas este é dos maiores livros até hoje escritos do século XXI. Bar none. E merece, tal como Pynchon, ser descoberto. E apreciado. E nada esperar dele a não ser o que ele nos dá. Prometo: será mais do que suficiente.


435654 canetas papermate visupoint em 435679 canetas papermate visupoint possíveis. Ao fim e ao cabo nenhum livro é perfeito.

E uma baba de camelo para a mesa 3 como bónus.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Más notícias para os fãs de LOST




Clicar na imagem para ver melhor

tão-mau-que-só-pode-ser-bom



Cinema argentino com wrerstling, clones, lutas baratas e a eterna disputa entre o Bem e o Mal.

Nota à toa: 4 powerslams em 5. (Não é um Eddie Guerrero ressuscitado mas é melhor que um Chavo)

O Michael Jackson era cantor.

Se era cantor, falar sobre ele é um tema sobre música. Se é um tema sobre musica, é sobre cultura. Se é sobre cultura posso escrever aqui no Lissen’Up!

Ora então cá vai: Pelo que parece vai ser leiloada a seringa que matou Michael Jackson como forma de comemorar o primeiro aniversário da sua morte. A base de licitação já está definida: 3,6 milhões de euros.

E pronto é a isto que eu chamo serviço público blogueiro. Continuação de uma excelente quinta-feira!


A ouvir: Fela Kuti, Gentleman.

EDIT: Pronto, tomem lá um link.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Alberto Gonçalves e o cinema nacional

Alberto Gonçalves é, valha-nos isso, corrosivo.

Irónico e polémico, choca com facilidade o nosso calmo espírito pátrio. Diz coisas que não são "educadas", que não deviam ser ditas "neste tom". Habitualmente o leitor, espectador, adepto médio nacional choca-se com facilidade. Fica muito ofendido com a discordância. Somos clubistas de opinião - e a cultura é o campo perfeito para esses clubismos pois se eu gosto de um filme então ele tem de ser bom e quem não gosta só tem mau feitio.

Os gostos, as coisas em geral, devem ser discutidas. Faz bem a qualquer princípio - chamem-lhe democrático; eu gosto de pensar que é simples civilização. Eu discordo de muita coisa que Alberto Gonçalves diz. Mas vale a pena lê-lo e ouvi-lo porque nos provoca, porque nos desafia, e desse simples exercício já podemos retirar qualquer coisa. Talvez por discordar tanto é que ache mais interessante o desafio. O homem tem piada, goste-se ou não. E desta vez, ele fala do cinema nacional

A avaliação: Ui... [seguido de uma risada embaraçada]

Cinema português? Pago para não ver é o nome do vídeo desta semana. É coisa para ouvir. Depois, sim, já valerá a pena falar sobre a coisa.

Crítica: Alice

Fui ver o Alice por amor. A namorada queria ver só para ver se era "mesmo mau" ou até era bom. Acho que ela estava a mentir, como quando quis que eu fosse ver o Harry Potter com ela. Não há cá merdas. Não me apanhou no Harry Potter. Mas a este, ao Alice, tive de ir porque: Me convidaram para uma sessão de cinema em grupo (nunca percebi muito bem isso porque as únicas sessões de cinema em grupo que se faziam com amigos eram no oitavo e nono ano para curtir com as miúdas da nossa turma que nos dias seguintes nos tratavam como se nada se tivesse passado, tudo fixe), e porque estava preso por uma profecia que eu próprio tinha feito, mal vira o trailer ao filme há quase um ano atrás. "Esta merda vai ser banhada" - Capitão Ganso Dixit.

O problema é que estava disposto a ver concretizada esta profecia à distância, mas a namorada não deixou. Enfim, nos meses imediatamente antes fui um bocado anal com o Xiribi e o Papo Seco em relação a este assunto. "não se esqueçam: eu vaticinei!" "vão ver o Alice? Vai ser uma merda, como eu previ". "Ai Avril Lavigne para banda sonora? A minha profecia começa a ganhar forma,", etc.
Agora que penso nisso, deve ter sido para me castigarem que me convidaram para ir com eles ver a película.

But enough Jibba-jabba. Grande merda, o Alice! Assim muita mauzinho como estava à espera. O Johnny Depp estava maquilhado à pita emo de 16 anos que ouve Paramore e My Chemical Romance. A Alice era, tipo, uma gaja qualquer que passa o filme todo a irritar-nos e a parar a merda do filme com "esta merda não é real, eu estou a dormir". Epá TÁ BEM, ó Alice, foda-se, quero lá saber, tás aí metida no meio dessa merda, não tás? Então cala-te e tipo, faz a puta da história andar pá frente! A rainha branca é uma hippie beta toda de branco mas com sobrancelhas pretas - algo que, admito, não reparei, mas a minha namorada fez questão em notar várias vezes ao longo do filme, facto que lhe causou grande irritação. Eu concordo. Ainda por cima é a rainha. Branca. Além de mexer as mãos em floreados every. Fucking. Time. É a Ann Hathway, já agora. Nunca a vi tão pouco tesuda como aqui. Até isso o Tim Burton lixou.

Anyways. O filme passa-se tipo 13 anos depois do livro original. Nos primeiros 5 minutos são ditas as frases todas estúpidas a martelo que um gajo sabe que vão ser repetidas já bem perto do final com um significado completamente diferente e muito mais importante (antes do pequeno almoço ás vezes já pensei em 6 coisas impossíveis! - Também eu. Nomeadamente: Como é que me levantei outra vez da cama, sou feio, sou gordo, amo a minha vida, e se um tachyon viajar com uma velocidade superior à da luz poderemos medir o rasto deixado pela sua progressão a azul depois de ter passado pelo ponto X e calcular, com base no nível de decadência do espectro azul para o vermelho, a sua velocidade original? Merda, são só 5 coisas! ganhaste desta vez, Alice!). E também é nos primeiros cinco minutos que metade da plateia do cinema tira os óculos para ver melhor e percebe: esta merda em 3-d é muita escura! Que barrete.

Ok, para apressar a coisa: a Alice é uma seca demasiado pálida, demasiado burra, demasiado má actriz e é atirada para Wonderland (Ou será Underland?). Têm que meter o Depp ao barulho porque, pronto, alguém tem de saber actuar e - há não espera, ele aqui também não faz grande papel uma vez que não captura nem de perto nem de longe a essência do chapeleiro louco, é-nos prometida uma dança imbecil lá para o fim do filme, cut to! Helena Carter, a rainha vermelha, que sozinha quase nos consegue tirar do sofrimento atroz em que, agora, já nos encontramos, voltamos à Alice, volta tudo a ser uma merda, os ambientes "góticos" do Tim Burton aqui é um CGI que, para mim, sabe sempre a falso, com muito escuro do 3-d, e quando começam os flashbacks de uma guerra mais um dragão qualquer de merda e a rainha branca entra em cena descamba tudo e o filme torna-se, oficialmente, uma merda. Com a cereja no topo do bolo, que - surpresa! - é a dança imbecil que o filme nos tinha prometido.

O meu conselho? Vão ver. Se gostam de ser pretensiosos, dar dinheiro a pessoas que não merecem (o cinema português! as grandes empresas! o tim burton! estou confuso), e de serem torturados durante uma hora e noventa minutos, com dez minutos de um anúncio da Superbock a narrar um fim-de-semana perfeito em que a malta que lá aparece é muito mais gira e interessante que a malta que conhecemos. E onde não existem gordos.
Pensando bem, se calhar até foi o melhor do filme.

VEREDICTO:
1 Jabberwocky. Em seis. A Helena Carter salva o filme da bola preta.

Os filmes que vi em 2010 numa palavra!

Coisa gira, não? NÃO?! Go fuck yourself!

A ideia é simples reduzir 2 horas de filmes numa palavra. Deixo o repto aos meus caros Capitão Ganso e Xiribi para fazerem o mesmo caso tenham tempo entre os banhos matinais, a hora do recreio e os trabalhos na cozinha (ainda dizem que vida de recluso é fácil ah?). Bem, chega de devaneios. Aqui vai:

- Outra Educação - Porreiro
- Brighstar - Surpreendente
- O sitio das coisas Selvagens - Semi-desilusão
- Laço Branco - Portentoso
- Nove - Merda
- Nas Nuvens - Pertinente
- Invictus - Razoavelzinho
- Precious - Foleiro
- Homem Singular - Colossal
- Alice no Pais das Maravilhas - Boooring...
- Sutter Island - Brilhante

E pronto, já está! É um desafio interessante pah! Ora experimentem... (para tal usar sff aquela caixinha deixada ao abandono que se chama "comentários")

terça-feira, 16 de março de 2010

Steve Buscemi, Martin Scorsese e o argumentista dos Sopranos em nova série da HBO

A estes senhores ainda se juntam o grande Michael Shannon e Mark Wahlberg. Alguém dúvida que esta vai ser uma série do caraças?

Segue o trailer de.... e decorem bem este nome... "Boardwalk Empire"


Coisas que não lembram a ninguém, I

Não vi, nem o um nem o dois. Nem me interessa porque pura e simplesmente não me interessa. Mas estas cosias parecem-me importantes. Night at the Museum é uma comédia (blá,blá, blá, inserir sinopse, blá, blá, Ben Stiller, blá blá, as coisas ganham vida, yadda, yadda, yadda). Em português o título foi traduzido para À Noite, no Museu.

Com tanta crítica que se pode fazer aos tradutores (de cinema) portugueses, gostaria de realçar o pormenor da virgula. À Noite [virgula] no Museu. A coisa não terá sido assim tão planeada (gosto de pensar que foi) mas há muita pontuação em português que é "dispensável", "desnecessária" ou que "não fica bem". Às vezes concordo. Nesta nem tanto. O pormenor era desnecessário, mas estar lá é coisa de quem está atento à língua. Gosto da virgula. Faço votos para que de futuro o ponto de exclamação (!) seja merecedor das mesmas atenções. Esse sim é desperdiçado em muito contexto. Esse sim é usado e repetido sem necessidade, para evidenciar histeria - como se a histeria não fosse capaz de se evidenciar per si.

A mama-Wainwright

De uma família de músicos (e cantores, é importante distinguir), a música conheceu os filhotes: a Martha e o Rufus. A Martha nunca ouvi com atenção que é o mesmo que dizer que nunca ouvi. Ponto. O filho, já. Como se diz (?), não é a minha cena. Mas há qualquer coisa de corajoso no piscar de olhos à ópera que a pop do menino sabe fazer. De qualquer das maneiras, a mama-Wainwright era uma mãe com uma voz doce. Morreu em Janeiro deste ano. Esta foi uma das suas últimas aparições ao vivo.

Não se deixem enganar. A música é dela. O filho, relativamente famoso, é que acompanhou a mãe de que poucos ouviram falar.

Talk to me of Mendocino. A senhora ao piano, a mama-Wainwright, chama-se Kate McGarrigle.



in things we learn from Mojo,

segunda-feira, 15 de março de 2010

Lissen'up





Tumblr was where I lost my life.

Animal Collective




















Animal Collective

















It's Animal Collective, bitch!


Nós aqui no Lissen'Up! somos grandes fãs dos Animal Collective - pelo menos eu e o Xiribi, em particular. Estamos em 2010. Tipo! Há alguma razão para ainda não terem ouvido a obra-prima de psicadelismo feel-good music do último álbum dos Animal Collective, Merryweather Pos Pavillion (mais o excelenteEP posterior Fall Be Kind)? Façam um favor a vós próprios. parem de ler e saquem já - custa menos do que "parem de ler e vão já comprar à loja". It's that good. O Merryweather, em particular, explode em paletes de sons electrónicos e batidas rítmicas numa confusão de sonoridades pontuadas por vocalizações quase abstractas (woo! yeaaah! wa wa wa, etc., por aí em diante) até à altura em que tudo SEMPRE se conjuga e saltam dos sistemas sonoros golfinhos com lasers na cabeça a dizer "Fuck Yeah! Esse é um álbum do caralho!" altura em que mandamos um "Fuck Science!" e mais um "yeeeea!" (por esta altura, os ecos da brothersport, lion in a coma, summertime clothes ou a my girls já se introduziram por debaixo da pele e é tarde demais, agora já conseguimos voar). Bazamos do carro e cagamos para o trânsito, fazemos amor com a areia da praia e de repente nem sequer é preciso estar drogado para se ter um ganda good time. Elipticamente aquela merda toda que parece uma amálgama marada de sons e batidas cresce e cai e não nos larga nunca até um tipo desistir, o álbum acabar e dizermos "tipo, Foda-se! Isto é muita bom!" Ou sem asneiras se fores uma miúda. Mas se disseres também é porreiro. Uma miúda que diga umas asneiras de vez em quando é fixe e sexy.

Yah basicamente é tipo assim o último álbum dos Animal Collective, boa segunda feira bom início de semana rapaziada, leva cem, pá, dez em dez ou todos os elementos da tabela periódica, FIM.

Ouçam!

sexta-feira, 12 de março de 2010

Inês, a parisiense

Ler a Inês de Medeiros na entrevista que saiu ontem na Sábado é meio caminho andado para desconfiar do estado a que a política e a cultura portuguesa chegaram: oco. Que é mais ou menos como tem sido a carreira dela de actriz no cinema nos últimos dez anos: não há.

O Cinema português precisava de uma séria dose de independência, precisava de viver longe do ICA para não corrermos o risco de passar a funcionar como a política "dura". Há 20 anos atrás a actriz trabalhou com Pedro Costa. 20 anos depois, Pedro Costa tem direito a exposição no Tate Modern, passa na cinemateca francesa, entra em listas de filmes da década de revistas como a Cahiers e a New Yorker. Não se pedia que Inês fosse um décimo de Pedro Costa - ou sequer metade da irmã, a sweet lady de Pulp Fiction. O que interessa é o seguinte, e a injusta comparação com Pedro Costa serve precisamente para isso. Ele é o que se pode chamar de herói independente. Ela anda há seis meses no parlamento, com viagens a Paris pagas pelo Estado (e ter direito a elas não quer dizer que haja moral na coisa). Em todo esse tempo fez uma participação no Parlamento. Uma.

Agora é que a cultura portuguesa está bem defendida.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Vangelis/Blade Runner/Ok



Grande malha.


Benvindos ao Lissen' Up!

Impressões sobre o Rei Edipo no D. Maria II

A semana passada fui ao teatro. Coisa fina já que os bilhetes estão caros como ó caraças, mas enfim. Qual foi a peça? A esta altura já descobriram pelo título: Rei Édipo com o Diogo, o Infante.

E devo dizer que apesar das hormonas dos putos atrás de mim andarem aos saltos e ao meu lado uma senhora de idade insistir em contar ao marido a história da peça enquanto desenrolava freneticamente rebuçados "bolas de neve" que comia compulsivamente, a experiência nem foi má de todo.

Eu não curto muito de grandes tragédias sejam elas gregas ou romanas. Acho uma seca, na realidade. Mas aqui houve um esforço de contemporanizar a coisa não só através da indumentária mas sobretudo através dos diálogos. Com dezenas de pessoas em palco (é verdade!) os holofotes estão quase todos virados para Diogo Infante, não só porque é um actor formidável como é o director do teatro e é ele que paga os ordenados aquela gente toda. Mais a sério, o homem é sublime em tudo o que faz. Aqui tem a tarefa mais facilitada pois a Lia Gama espalha-se ao comprido (nunca me convenceu! E logo eu que gosto tanto da senhora) e os outros pouco destaque têm.

Enfim, foi uma horita e pouco que se passou relativamente bem. Tive pena de ele não furar os olhos em palco (epah…devia dizer “spoilers”?) até porque um pouco de sangue e uns globos oculares animariam a malta mas cumpriu.

Classificação: 5 Hamlets em 5 Hamlets possíveis ou 3 Pillowman em 5 Pillowman. You pick.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Série 24 foi cancelada!















E que tal começar a minha colobaração neste pasquim como uma noticia em primeira mão ah?? 24 foi cancelada! PUMBAS, já está!!! Pois é, parece que segundo algumas fontes internas da FOX os manda-chuva lá do sitio devem anunciar tal resolução nos próximos dias.

Mas hey, não desesperem! Vai-se a série mas vem o filme! E pelo que parece teremos um Kiefer Sutherland europeu... Nice, ah?

Epah...a este inicio fervorosamente fantástico dou a mim mesmo a classificação de 56754 filhos da mãe mortos por Jack Bauer em 56755 filhos da mãe mortos por Jack Bauer possíveis! Mai nada!

Primeiro post, só porque sim. Bem-vindos ao Lissen'Up!


Vi os Óscares numa de tenho mesmo de ver isso. Vejo cinema e vejo sempre os Óscares mas uma coisa não tem necessariamente a ver com a outra. Eu vejo os Óscares porque, sei lá, são os Óscares. Gosto de debater a coisa (é uma vergonha se ganhar este, se este ganha eu concordo…) mas aceito a sua importância embora muitas vezes não a saiba explicar.

São os Óscares, goddamit!, e o El Duderino levou um para casa. E ganhou pela primeira vez uma mulher, coisa que calha bem e que ajuda a que a posteridade se preocupe. Não sejamos injustos, a Katrhyn Bigelow ganhou porque é assim tão boa. O sexo não é importante aqui mas já que foi a primeira mulher ainda bem que foi esta. É gira.



A cerimónia: (notas de um a dez piratas, sendo que dez é o Barba Negra e um pode ser o tipo do Perna de Pau)

5 piratas! (o equivalente a um pirata da Somália. O lança-rockets é porreiro, sem dúvida, mas falta o rum).