quinta-feira, 11 de março de 2010

Impressões sobre o Rei Edipo no D. Maria II

A semana passada fui ao teatro. Coisa fina já que os bilhetes estão caros como ó caraças, mas enfim. Qual foi a peça? A esta altura já descobriram pelo título: Rei Édipo com o Diogo, o Infante.

E devo dizer que apesar das hormonas dos putos atrás de mim andarem aos saltos e ao meu lado uma senhora de idade insistir em contar ao marido a história da peça enquanto desenrolava freneticamente rebuçados "bolas de neve" que comia compulsivamente, a experiência nem foi má de todo.

Eu não curto muito de grandes tragédias sejam elas gregas ou romanas. Acho uma seca, na realidade. Mas aqui houve um esforço de contemporanizar a coisa não só através da indumentária mas sobretudo através dos diálogos. Com dezenas de pessoas em palco (é verdade!) os holofotes estão quase todos virados para Diogo Infante, não só porque é um actor formidável como é o director do teatro e é ele que paga os ordenados aquela gente toda. Mais a sério, o homem é sublime em tudo o que faz. Aqui tem a tarefa mais facilitada pois a Lia Gama espalha-se ao comprido (nunca me convenceu! E logo eu que gosto tanto da senhora) e os outros pouco destaque têm.

Enfim, foi uma horita e pouco que se passou relativamente bem. Tive pena de ele não furar os olhos em palco (epah…devia dizer “spoilers”?) até porque um pouco de sangue e uns globos oculares animariam a malta mas cumpriu.

Classificação: 5 Hamlets em 5 Hamlets possíveis ou 3 Pillowman em 5 Pillowman. You pick.

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